Riacho de Santana é um município
brasileiro
do estado da Bahia. Sua população
segundo o Censo 2010
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de 30.651
habitantes.
É interligado a capital do Estado pela BR-430,
BA-262 via Vitória da Conquista, BR-116 Sul e BR-324. Outra opção é seguir pela
BR-430 até Brumado, depois, seguir pela BR-030 e pegar a BR-407 até a cidade de
Contendas do Sincorá, em seguida, a opção é seguir pela BA-026 via Maracás até
o entroncamento com a BR-116 Sul. Logo após, seguir até a cidade de Feira de
Santana e pegar BR-324 até a cidade de Salvador. Riacho de Santana fica a uma
distância de 65 Km de Bom Jesus da Lapa, 76 Km de Caetité e 105 Km de Guanambí,
cidades importantes da região.
A cidade fica a uma distância em linha reta de
503 Km de Salvador, 591 Km de Brasília, 1.174 km de São Paulo e 1.016 Km da
cidade do Rio de Janeiro.
História
A história de Riacho de Santana mostra um passado
economicamente rico, porém com uma marcante desigualdade social, típica do
período colonial. Índios em franco processo de dizimação e escravidão de
negros, os quais foram fundamentais para o desenvolvimento das principais
atividades econômicas, como o árduo trabalho nas minas de salitre exploradas em
nosso município. Além disso, os brancos de origem européia, também contribuíram
para a formação da nossa população atual, sendo estes, os grandes proprietários
de terras destinadas à criação extensiva do gado. Assim, a presença desses três
grupos étnicos constitui-se a base do povo riachense, não fugindo a regra da
formação da sociedade brasileira. Os primeiros habitantes foram os índios, os
quais habitaram a margem direita do Rio São Francisco, mas que se teve indícios
de que estabeleceram-se em diversas partes do município. Os primeiros grupos
indígenas a serem conquistados foram os Canindés que se destacam em virtude de
alguns conflitos. Fixaram-se nas margens do rio Boqueirão, mais ou menos onde
se localiza atualmente o povoado de Botuquara, à 14 km do município.
Segundo alguns dados, realizados por historiadores riachense, os Canindés se
originaram quando os Caaetés se uniram com os Picuris, formando assim um grande
exército para se defenderem dos índios inimigos, como os Aimorés. Os primeiros
habitantes do município, caracterizavam-se por praticar a antropofagia,
enfeitar-se com colares, penas e pinturas. Eram supersticiosos, apreciavam a
música e tinham os seus dialetos próprios. Caçavam e pescavam, além de fabricar
utensílios de madeira, cerâmica e pedras. Depois do massacre do Sargento-mor
José Velasquez Santiago, em 1695 que, influenciado por seu pai Mariano
Velásquez, adentrou no sertão à procura de riquezas minerais, os índios
Canindés passaram a praticar o nomadismo, penetrando na caatinga do Oeste
baiano. Pouco se sabe sobre a vida do primeiro branco a pisar em solo
riachense. De origem portuguesa, Velásquez Santiago, soldado de uma antiga
ordem de Lisboa, especialista em soltar granadas, chegou à Bahia em 1675,
impulsionado pelas riquezas. Em 1695 organiza seu bando e sai pelo sertão à das
lendárias e reais minas.
Sem medir conseqüências, o sargento vive sangrentas
guerras, desafia acidentes geográficos e doenças endêmicas. Com a experiência
de um guerreiro que seguiu pelas matas fechadas acompanhando sempre o curso dos
rios. Depois de vários dias de incansáveis batalhas pelo sertão transpassa a
Serra Geral e, perdido, chega ao curso do rio Boqueirão que o levaria à região
dos Canindés, vítimas do genocídio. No início do século XVIII, o bandeirante
paulista Belchior Dias, apelidado pelos índios de “Muribeca”, supõe ter
descoberto em nossa região minas de ouro e prata, o que impulsionou vários
aventureiros a se arriscarem pelo sertão em busca das mencionadas reservas.
Entre eles destaca-se o superintendente das minas do estado, Leolino Mariz, que
chegou na região em 1758, descobrindo grandes reservas de salitre, atraindo
várias pessoas a imigrarem, contribuindo para a fundação do arraial de Riacho
de Santana, pertencente ao território de Monte Alto. Conforme BOA SORTE[1]
(1997) a exploração foi de grande importância para Riacho de Santana em todos
os aspectos. Ambiciosos de todas as partes vinham em busca das objetivas
riquezas, resultando nas grandes transformações sociais, políticas, econômicas
e culturais. Estabeleceram-se nas margens do rio Santana formando assim, a
sociedade riachense resultantes da fusão de diferentes costumes. Nessa época
fizeram as primeiras derrubadas e plantaram as primeiras lavouras de arroz,
feijão e milho na região da Santana, como também introduziram as primeiras
cabeças de gado bovino trazidas da região do Rio dos Currais.
Os primeiros grupos de escravos vieram com os
sertanistas no final do século XIX, no alvo da demanda mineralógica e no início
das demarcações das grandes fazendas, as quais foram sendo ocupadas por
centenas de negros que foram desenvolvendo a agricultura, a pecuária e por
décadas viveram no regime de servir recebendo em troca chicotadas, humilhações
morais, psicológicas e outros atos de desrespeito.
Os negros foram os primeiros pedreiros das senzalas
que, segundo Boa Sorte eram de estrutura ordinária, paredes grossas feitas com
adobes batidos com foice e ligadas com fibras de arroz ou esterco do gado.
Nesses salões de paredes altas aglomeraram-se dezenas de escravos que viviam
num ambiente abafado e imundo. Esquecida a mais de meio século, a região de
Riacho de Santana pertencia ao distrito de Jacobina – posteriormente veio a
pertencer a Paratinga, Macaúbas e Palmas de Monte Alto – pois nessa época a
maior parte do sertão pertencia àquele distrito. Em 1861 com a lei provincial
de número 871 de 12 de setembro, o arraial foi elevado à categoria de
freguesia, tendo como primeiro vigário o padre Antônio Boa Ventura de Cerqueira
Pinto. Entretanto, o grande passo para o desenvolvimento da Freguesia foi dado
em 13 de agosto de 1878, que criou o município de Riacho de Santana, data em
que foi assinada a lei provincial de número 1826, que criou o município de
Riacho de Santana, sendo assim desmembrado de Palmas de Monte Alto.
Geografia
Riacho de Santana localiza-se na Região Sudoeste da
Bahia, na Microrregião de Guanambí e na Mesorregião do Centro-Sul Baiano. Está
a 720Km de Salvador, capital baiana. Limita-se ao norte com o município de
Macaúbas, ao sul com Palmas de Monte Alto, a oeste com Bom Jesus da Lapa e a
leste com Igaporã e Matina. Está a 627 metros acima do nível do mar, chegando
até 1200 metros de altitude na região da Serra Geral. Possui uma área segundo o
IBGE de 2.698 Km², uma população estimada em 30.602 habitantes e uma densidade
demográfica de 11,3 hab./Km². Possui as seguintes coordenadas geográficas:
13º36'32" de Latitude Sul e 42º56'20" de Longitude Oeste.
A vegetação predominante é a caatinga, tendo também
uma parte de Floresta Estacional Decidual, que é uma mistura de espécies da
caatinga com árvores de mata tropical.
O clima característico é o semi-árido, variando de
subúmido a seco. Possui elevadas temperaturas durante o ano todo. Entre os
meses de junho e agosto são registradas as menores temperaturas, com dias
quentes, passando dos 30ºC e madrugadas frias com média de 15ºC. O período de
chuva está compreendido entre os meses de outubro a março.
A hidrografia do município é muito rica,
principalmente na Região da Serra Geral. São mais de 70 nascentes catalogadas
pelo Grupo Zabelê (Grupo de estudos do município, cuja linha de pesquisa
é voltada para a proteção e conservação do meio ambiente local), dando origem a
vários rios. Pouco mais de 25 cachoeiras também já foram catalogadas, algumas
possuem mais de 80 metros de queda d'água, dando um espetáculo de beleza e
exuberância. Os principais rios genuinamente riachenses são os Rios Santana e
Boqueirão, ambos nascem na Serra Geral. As principais barragens são as da
Santana (com capacidade de armazenamento de aproximadamente três milhões de
metros cúbicos) e a do Giral, além de outras como a barragem do Pau Preto, da
Mata, Santaninha etc. Vale ressaltar que a Bacia Hidrográfica do São Francisco
também banha o município.
Bairros
Os principais bairros da cidade são: Alto da Boa
Vista, Belém, Bom Retiro, Castelo Branco, Centro, Jardim Imperial, Mato Verde,
Peral, São José, São Rafael, Vila Celeste, Vila Eremita, Vila Maria, entre
outros.
*Povoados:
Vesperina,Agreste,Campinas,Laguna,Santana,Botuquara entre outros.
Festividades
31 de maio - Festejos a Nossa Senhora da Glória (padroeira da
cidade). Durante todo o mês de maio são realizadas novenas em diferentes
bairros da cidade. No dia 31 de maio é realizada uma missa na Igreja Matriz em
homenagem a padroeira.
13 de agosto - Comemoração da Emancipação Política com a
realização de eventos culturais e a tradicional Festa de Agosto.
BoM Dia, meu avo saiu de Riacho de santana em 1940 com 15 anos veio para Sao paulo e nunca mais voltou o nome dele é Joao vieira infelizmente já nao está mais entre nós ,não sei se existe parente dele ainda na cidade .Era filho de Benedito vieira e Sabina pereira dos Santos .
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